domingo, 22 de julho de 2012

           O coração dispara, parece que nosso corpo está ligado a uma tomada de alta voltagem. Ficamos estáticos sem esboçar nenhuma reação, ou tentamos fugir ou evitar enfrentar aquilo que está nos causando o medo. É normal sentir medo? Dependendo do motivo que está causando o medo, é normal. Nascemos trazendo na nossa bagagem uma dose de medo. Até os animais, diante de uma ameaça, são vítimas do medo. O medo é o instrumento de alerta que o nosso cérebro utiliza para despertar o nosso instinto de defesa. Eis que, se não ocorresse, ficaríamos expostos a situações das quais não teríamos a menor chance de nos defender. Por exemplo, mesmo diante de um leão feroz e faminto caminharíamos em direção a ele sem medo algum e, certamente, seriamos devorados. Este é o medo concreto. A ameaça é real e exige a atuação do nosso instinto de defesa.
          O medo abstrato é aquele em que não existe uma ameaça real, palpável. A ameaça só reside no nosso psicológico. Surge no decorrer de nossas vidas através das histórias que ouvimos, de situações que vimos ou tememos que possa ocorrer: medo de fantasmas, de morrer, de perder pessoas queridas, de ficar só, de perder tudo, etc.

http://odivadetodosnos.blogspot.com.br/


Projetos


Projeto Psicoterapêutico para Atendimento em Setores Essenciais Sociais.

Gilberto JS Pinheiro

Psicanalista Didata

 Julho

2012


1.INTRODUÇÃO

Apesar da demanda existente, trabalhar suas próprias questões através de sessões de psicanálise ainda é privilégio para poucos. As ciências de atendimento e estudos das questões psíquicas, não conseguem atender eficientemente a demanda  populacional que se avolumam nos centros de atendimento ou engrossam as filas nos setores apropriados  e  quase sempre não encontrando receptividade para sanar as dores que a muito se lhe faz presente nalma e ativada.  Preocupado com esta necessidade, desenvolvi uma proposta  de atendimento clínico com base psicanalítica para as camadas sociais itegrantes dessa comunidade.  Entende-se por reabilitação psicossocial a possibilidade de reverter um processo desabilitador através do aumento da contratualidade social do indivíduo com o entorno de sua convivência. A assistência psicoemocional deverá ser prestada intensivamente a uma população adulta, jovens e crianças, grupos e casais com transtornos psicoemocionais ativos, causadores de importante grau de desabilitação, ou seja, limitação ou perda de capacidade operativa.


1.1       OBJETIVO GERAL

- Promover a manutenção dos usuários no melhor nível de funcionamento e máximas condições de autonomia possível, para cada caso, e visando a reintegração no seu grupo social.

- Integrar  famílias ao atendimento.
                                                  

1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
:: Reduzir a Iatrogenia: diminuindo e eliminando sempre que possível as consequências físicas, psíquicas e comportamentais;
:: Promover a competência social e profissional;
:: Reduzir o estigma;
:: Proporcionar uma melhor qualidade de vida aos usuários do PROGRAMA;

:: Proporcionar aos usuários, sua busca interior baseado nos aspectos terapeuticos do relembrar, repetir e elaborar para a conquista do reequilíbrio psicosocioemocional;

:: Realizar atendimento norteado pela psicanálise proporcionando aos usuários uma melhor qualidade vivencial e relacional.


1.3 POPULAÇÃO-ALVO

 :: Pacientes analisáveis, portadores de transtorno psicoemocional de larga escala;

:: Necessitados dos  serviços de saúde psicosocioemocional  ou pessoas atendidas nos programas sociais:

         * Centros de Referência da Assistência Social - CRAS,

         * Centros de Referência Especializados de Assistência Social – CREAS,

* CONSELHO TUTELAR, convênio ou parceria com consultório particular, já em processo de instação.

* Famílias dos usuários e portadores de dependência química (Grupo terapia)


1.4 RECURSOS HUMANOS
A equipe multidisplinar constitui-se de:
Psicanalista

Recepcionista;
Médico psiquiatra, médico clínico;

Enfermeiro(a)

Técnicos de enfermagem e profissionais de saúde

Outros profissionais que a depender do avanço do projeto podem se alocados na prestação de serviços.

2. METODOLOGIA

Os pacientes serão triados pela equipe de saude local: de enfermagem ou técnicos de enfermagem e encaminhados para acompanhamento psicoemocional com o psicanalista, e outros profissionais de saude se necessário. Será utilizado o  serviço social com acompanhamento necessário ao paciente e outros profissionais de saude, a exemplo de  enfermeiros, médicos.

NOTA. Caso a instituição pública(Prefeitura/Sec. De Saúde), já possua equipe citada, faz-se a alocação ao programa contido nesta proposta de atendimento.

2.1 Núcleo Terapêutico


1)   O psicanalista deve atender grupos de Familiares  e ou usuários dos programas citados buscando promover aspectos mais integrados da personalidade; promover contato interpessoal a fim de favorecer suporte e socialização; desenvolver teste de realidade, através da discussão dos sintomas e compreensão do transtorno psicoemocional; permitir a expressão de emoções com vista a reduzir ansiedade a atender as demandas geradas apesar da possibilidade da existência de comorbidade.





Plano I: O plano de atendimento nos primeiros 6 meses visa resgatar hábitos de socialização, auto-cuidado, conhecimento dos transtornos gerados, desenvolver habilidades cognitivas e restauro do equilíbrio psicoemocional, reduzir o potenciativo gerador de transtornos nos familiares e ou pessoas que passe por essa experiência. Após esse período de atendimento, todos os pacientes serão reavaliados com objetivo de definir a sequência de atendimento e sua habilidade readquirida. A partir deste momento serão definidos novos critérios para encaminhamento e atendimento se necessário.                                                                          
 Gilberto JS Pinheiro